CITAÇÕES PARA REFLETIR

"O meio mais seguro, ainda que o mais difícil, para prevenir os delitos é aperfeiçoar a educação, assunto demasiado vasto e que ultrapassa os limites que me impus. Ainda, ouso dizer que ele está intrinsecamente ligado à natureza do governo, razão para que seja um campo estéril, só cultivado por alguns poucos sábios". (Cesare Beccaria, 2002, 106-07)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

          Sobre as Teresas: Relato de uma professora


           Ao chegar em 29/09/2009 na portaria da penitenciária, por volta das 7:34h, após a rotina de identificação com o agente penitenciário, ao dirigir-me ao espaço destinado à escola, entre o portão principal e o segundo portão, havia nesse espaço três teresas - essa foi a segunda recepção do dia!
          As teresas são um instrumento artesanal de fuga, feitas pelas comunidade carcerária. Essas teresas eram feitas de pedaços de roupas e punhos de redes. Elas faziam um tipo de trança e eram amarradas com outras. As teresas que vi, tinham a forma de uma escada, sendo que de um lado era de tranças e o outro de madeira de pedaços de ripas, provavelmente recolhidos dos pavilhões.
         As teresas eram coloridas, tinham de 5 a 6 metros de comprimento, e são usadas pela comunidade carcerária como meio de locomoção do muro de um pavilhão a outro e para tentar fugir da penitenciária.
         É a segunda vez que sou recepcionada pelas teresas, no momento que desloco-me para a escola. No dia de hoje, eu entendi que as teresas, são mais uma das manifestações da cultura prisional, a qual é dinâmica e imprevisível a cada semana.



sábado, 24 de dezembro de 2011

sábado, 10 de dezembro de 2011

Trabalho prisional e Vulnerabilidade Social

        Mais um pesquisa de mestrado foi realizada envolvendo o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá - IAPEN e o Presídio Estadual de Cangaçu-RS (PEC) , desta vez, com o tema TRABALHO PRISIONAL E VULNERABILIDADE SOCIAL: IMPACTOS NA VIDA DOS EGRESSOS DO SISTEMA CARCERÁRIO EM DOIS EXTREMOS DO BRASIL, de autoria de Otávio Luís Siqueira Couto (UCPEL). O trabalho é um contribuição para as reflexões sobre a necessidade de ampliação das ações no campo das políticas sociais e política penitenciária, tendo como estudo da análise o Projeto  Construindo qualificação profissional para (re)inserção e apenados no mercado de trabalho e o Protocolo de Ação Conjunta (PAC), respectivamente, sendo desenvolvidos no IAPEN e PEC.
       A pesquisa encontra-se disponível na integra para leitura e subsidiar outras problemáticas sobre as políticas criminais e penitenciárias no Brasil.



Fonte: COUTO, O. L. S. Trabalho Prisional e Vulnerabilidade Social: Impactos na vida dos egressos do sistema carcerário em dois extremos do Brasil. Dissertação (Mestrado em Política Social). Universidade Católica de Pelotas, Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em: www.ucpel.tche.br/mps/dissertacoes/.../DissertacaoOtávioCouto.pdf, Acesso: 10/12/2011.








sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Poema: Escola é

Escola é 


... o lugar que se faz amigos.


Não se trata só de prédios, salas, quadros,


Programas, horários, conceitos...


Escola é sobretudo, gente

Gente que trabalha, que estuda

Que alegra, se conhece, se estima.

O Diretor é gente,

O coordenador é gente,

O professor é gente,

O aluno é gente,

Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

Na medida em que cada um se comporte

Como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”

Nada de conviver com as pessoas e depois,

Descobrir que não tem amizade a ninguém.


Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

É também criar laços de amizade,

É criar ambiente de camaradagem,

É conviver, é se “amarrar nela”!

Ora é lógico...

Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer,

Fazer amigos, educar-se, ser feliz.

É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.

(Paulo Freire)