CITAÇÕES PARA REFLETIR

"O meio mais seguro, ainda que o mais difícil, para prevenir os delitos é aperfeiçoar a educação, assunto demasiado vasto e que ultrapassa os limites que me impus. Ainda, ouso dizer que ele está intrinsecamente ligado à natureza do governo, razão para que seja um campo estéril, só cultivado por alguns poucos sábios". (Cesare Beccaria, 2002, 106-07)

domingo, 8 de março de 2015

"Prisão" em Poesias Completas de Cecília Meireles

Prisão

Nesta cidade
quatro mulheres estão no cárcere.
Apenas quatro.
Uma na cela que dá para o rio,
outra na cela que dá para o monte,
outra na cela que dá para a igreja
e a última na do cemitério
ali embaixo.
Apenas quatro.

Quarenta mulheres noutra cidade,
quarenta, ao menos,
estão no cárcere.
Dez voltadas para as espumas,
dez para a lua movediça,
dez para pedras sem resposta,
dez para espelhos enganosos.
Em celas de ar, de água, de vidro
estão presas quarenta mulheres,
quarenta ao menos, naquela cidade.

Quatrocentas mulheres,
quatrocentas, digo, estão presas:
cem por ódio, cem por amor,
cem por orgulho, cem por desprezo
em celas de ferro, em celas de fogo,
em celas sem ferro nem fogo, somente
de dor e silêncio,
quatrocentas mulheres, numa outra cidade,
quatrocentas, digo, estão presas.

Quatro mil mulheres, no cárcere,
e quatro milhões – e já nem sei a conta,
em lugares que ninguém sabe,
estão presas, estão para sempre
 – sem janela e sem esperança,
umas voltadas para o presente,
outras para o passado, e as outras
para o futuro, e o resto – o resto,
sem futuro, passado ou presente,
presas em prisão giratória,
presas em delírio, na sombra,
presas por outros e por si mesmas,
tão presas que ninguém as solta,
e nem o rubro galo do sol
nem a andorinha azul da lua
podem levar qualquer recado
à prisão por onde as mulheres
se convertem em sal e muro.
(Cecília Meireles, 1973, v.7, p.149-50)

Fonte: MEIRELES, Cecília. Prisão. In: Darcy Damasceno (Org.). Poesias completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1973.  8v.



sábado, 28 de fevereiro de 2015

BLOG VOZES DA PRISÃO: Todos os detentos têm direito à educação?

Todos os detentos têm direito à educação?

        Decorrido um ano de "silêncio" do Blog Vozes da Prisão, informo que nesta madrugada retomamos as atividades virtuais. Considerando que estamos às vésperas de março, o ano de 2015, parece ser promissor no que se refere a realização de projeto de extensão sobre a educação penitenciária, pois a temática toma corpo nos debates fomentados e desenvolvidos por professores e estudantes da Universidade Federal do Amapá. 
      Um exemplo disso, é o Projeto de Extensão: Educação Prisional Transfronteiriça, iniciado a sua execução em 2014, sob a coordenação do Prof. Me. Dinaldo Barbosa da Silva Júnior (UNIFAP/CAMPUS BINACIONAL DE OIAPOQUE), tendo na sua equipe executora a participação de professores deste campus como colaboradores. As instituições envolvidas na realização desta atividade extensionista são, Centro Penitenciário da Guiana, Instituto de Administração Penitenciária do Amapá e Universidade Federal do Amapá, com chancela do Consulado Geral do Brasil na Guiana Francesa, o que no L'Essentiel en Guyane, em 11 de fevereiro de 2015, foi destaque com a matéria L'éducation pour tous, même en prison.  


              Fonte: http://www2.unifap.br/oiapoque/2015/02/26/projeto-de-cooperacao-educacional-internacional-entre-o-brasil-e-a-guiana-francesa-e-destaque-na-imprensa-guianense/ Acesso: 28/02/2015.

                  Hoje ao ler a notícia "Projeto de Cooperação Educacional Internacional entre o Brasil e a Guiana Francesa é destaque na imprensa guianense", nesta madrugada, foi inevitável retomar as postagens no Vozes da Prisão. 
                 Eis que urgem as reflexões: Quais os projetos de cunho educacional desenvolvidos no Centro de Custódia de Oiapoque?  Ou ainda, há registros da execução de projetos de extensão ou outros no Centro de Custódia para as pessoas presas que estão em regime provisório?
                 Não pretendo discorrer a respeito destas questões no momento, entretanto, é preciso dizer que necessitamos iniciar um processo de articulação institucional para que as atividades educativas e culturais, como as do Projeto de Extensão: Educação Prisional Transfronteiriça, também sejam implantados no município de Oiapoque, afinal do outro lado da fronteira "Todos os detentos têm direito à educação" (Bertrand Laplaza, 2015).  






  

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Brasil tem 127 presidiários cursando ensino superior

FORTALEZA E RIO - Cynthia Corvello, de 42 anos, está no 3º período do curso de História na Universidade Federal do Ceará (UFC). Dentro de sala, a única característica que a difere dos colegas é a tornozeleira eletrônica usada para o governo monitorar seus passos. Cynthia é a primeira interna do Instituto Penal Feminino (IPF) Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza, a fazer faculdade fora do presídio. Presa em 2010, ela foi condenada a 25 anos por coautoria em um duplo homicídio. Em 2011, a detenta prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ingressou na UFC. Graças a uma autorização judicial, ela passou a deixar o instituto todas as manhãs para estudar e só retornar à noite.

Cursar uma graduação é privilégio de 127 internos do sistema carcerário, ou seja, 0,02% do total de 533.027 presos no país. Os dados são do Sistema de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça, relativos a outubro de 2012. Muitos deles estudam a distância, quando há essa opção, mas a maior parte consegue autorização judicial para fazer o curso presencial.

Faculdade em presídio

Cynthia sai de Aquiraz de ônibus, às 5h30min, rumo ao bairro de Benfica, em Fortaleza, onde funciona o curso de História da UFC, e volta no fim da tarde. Quando não está na faculdade, estuda na cela ou na biblioteca da unidade. Suas médias variam de 9 a 10.

- Quero ser professora. Gostaria muito de dar aula no sistema penitenciário, aqui ou no presídio masculino. Se teve uma Cynthia aqui, pode ter uns "Cynthios" espalhados por aí também - brinca a detenta, observando que, na cadeia, o preso tem altos e baixos e que o educador precisa estar preparado para lidar com isso.

No presídio em Aquiraz, 13 colegas de Cynthia fazem graduação de Filosofia dentro da instituição, graças a uma parceria entre a Faculdade Católica do Ceará e o governo estadual. Inaugurado há dois meses, o curso é o segundo ministrado no sistema prisional cearense. De 2006 a 2010, presos do Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO) II, em Itaitinga, estudaram Teologia. Mês que vem, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) abre um ciclo básico para graduações de Ciências Humanas, como Direito e Ciências Sociais, na penitenciária Raymundo Asfora, em Campina Grande.

- Hoje, a gente senta para conversar não apenas sobre coisas lá de fora, como festas, mas sobre Sócrates e Platão. Tudo pra mim, atualmente, é ligado à Filosofia - comenta Heloísa da Guia Xavier, de 38 anos, interna do Auri Moura Costa, que foi condenada a 47 anos de detenção e já cumpriu cinco anos da sua pena.

Campi em penitenciárias são raros num país onde 88% dos detentos não terminaram a escola e cujos governos falham em instalar educação básica em todo seu sistema prisional. Este mês, estão completando dois anos desde a promulgação da Lei 12.433, que dá direito à redução de pena para internos que estudam ou trabalham. Conforme O GLOBO noticiou ontem, porém, das 1410 instituições penais no Brasil, 40% (565) não têm sequer sala de aula, segundo dados do Ministério da Justiça. Hoje, só um em cada dez detentos no país estudam.

Muitos presos que prestam vestibular têm desempenho ruim. Ano passado, 23.575 internos participaram do Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), mas só 369 atingiram os 450 pontos exigidos para a certificação de conclusão do ensino médio, segundo informações obtidas via Lei de Acesso à Informação.

Bruno Augusto Sperli, Anderson Pereira e Ricardo Galdino são detentos, em regime fechado, de diferentes instituições do Rio e prestaram vestibular em 2012. Sperli passou para Pedagogia na UFF, Galdino foi aprovado em Física na Uerj e Nascimento conseguiu vaga em Pedagogia, também na Uerj. Mas eles perderam as vagas porque não tiveram autorização judicial para estudar fora das unidades acompanhados de escolta. E, no Rio, de acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), os presídios não oferecem possibilidade de ensino superior a distância.

Beira-mar estuda teologia

Um levantamento feito pelo GLOBO, que acionou órgãos das 27 unidades da federação, constatou que apenas sete estados dão a presos a opção de ensino a distância: Paraná, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Em Catanduvas, no Paraná, um criminoso conhecido do Rio se vale de uma forma antiga de ensino a distância para obter um diploma de ensino superior. Desde o início deste ano, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, cursa Teologia por correspondência na Faculdade Teológica Batista do Paraná, após tirar 7,4 na redação do vestibular, cujo tema era extremismo religioso no Brasil.

Todo mês, o calouro Beira-Mar recebe na cela material impresso com textos teóricos e exercícios. Ao fim de cada tópico, o detento faz um teste na penitenciária, aplicado por um professor da faculdade. Para obter o diploma, ele deve completar 174 créditos, equivalentes a 3.186 horas. Pela lei de remição penal, se Beira-Mar vestir a beca, terá 192 dias reduzidos da pena. Quem paga os estudos é a Igreja do Bacaxiri do Paraná. Foi o capelão da instituição que recrutou o aluno, em visita à penitenciária.

- É um curso de Humanas. O que vai lhe adiantar um curso de Medicina se ele já vai sair da prisão idoso? Não temos bola de cristal para saber se vamos mudar a personalidade dele, mas essa é a intenção - afirma o diretor da faculdade, Jaziel Guerreiro Martins.


Fonte: Vieira e Mariana Lazari. "Brasil tem 127 presidiários cursando ensino superior".     O Globo. Disponível em: http://oglobo.globo.com/educacao/brasil-tem-127-presidiarios-cursando-ensino-superior-8726324, Acesso: 27/11/2013.



domingo, 5 de maio de 2013

Observatório Nacional do Sistema Prisional: Edital 01/2013

         

O Observatório Nacional do Sistema Prisional (ONASP) torna público o presente Edital 1/2013 e convida os interessados a  apresentarem artigos para publicação na série que tratará de questões concernentes ao Sistema Prisional Brasileiro. O objetivo da publicação é abrir espaço para que os interessados possam colaborar com a temática a partir de abordagens multidisciplinares e do compartilhamento de experiências, permitindo assim a construção de um espaço de interlocução acadêmica que trate das problemáticas pelas perspectivas jurídica, sociológica, filosófica, psicológica, educacional, da saúde,  religiosa, dentre outras.  
      Os trabalhos deverão ser enviados para onasp@caed.ufmg.br, e a data limite para o envio dos textos completos de acordo com as normas estabelecidas é até o dia 30 de julho de 2013
       Temáticas para os volumes I e II: 

1.  O Processo de institucionalização do ONASP/UFMG  
2.  Gestão, Organização e Planejamento do Sistema Prisional 
3.  Educação e Saúde no Sistema Prisional 
4.  A Função da Pena Privativa de Liberdade 
5.  Gestão Prisional: O Trabalho e o Trabalhador do Sistema Prisional 
6.  Encarceramento e Reintegração Social do Egresso do Sistema Prisional 
Brasileiro 
7.  Direitos Humanos no Sistema Penal Brasileiro 
8.  Minorias encarceradas: mulheres, gestantes, LGBT e estrangeiros. 
9.  Desigualdade social e questões étnico-raciais nas prisões brasileiras. 
10. Relatos de experiências: Referenciais de Boas Práticas no Sistema Prisional 
Brasileiro 
11. Trabalho, Lazer e Cultura no Sistema Prisional 
12. Juventudes e masculinidades no Sistema Prisional. 

       Mais informações: Dra. Nara Fidalgo  e Dr. Fernando Fidalgo   
       (ONASP/UFMG).

  Fonte: http://www.caed.ufmg.br/onasp/EDITAL%20-%20LIVRO%20ONASP.pdf


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Abertura do Edital PROEXT 2014 / MEC/SESU

      Em 01 de fevereiro de 2013 foi lançado o Edital de Programa de Extensão Universitária do Ministério da Educação / Secretaria de Educação Superior. O presente edital convoca as Instituições Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior a apresentarem propostas de desenvolvimento de programas e projetos no âmbito da extensão universitária.
       As linhas temáticas do Edital PROEXT 2014 - MEC/SESU abrange vinte áreas: 
       1. Educação;
       2. Cultura e Arte;
       3. Pesca e Aquicultura;
       4. Promoção da Saúde;
       5. Desenvolvimento Urbano;
       6. Desenvolvimento Rural;
       7. Redução das desigualdades sociais e
           combate à extrema pobreza;

       8. Geração de trabalho e renda por meio
            do Apoio e Fortalecimento de empreendimentos
            econômicos solidários.

        9. Preservação do patrinio cultural brasileiro;
       10. Direitos humanos;
       11. Promoção da igualdade racial;
       12. Mulheres e relação de gênero;
       13. Esporte e lazer;
       14. Comunicação;
       15. Inclusão produtiva e desenvolvimento
              regional: Rotas de Integração Nacional;

       16. Justiça e direito do indivíduo privado de
              liberdade .

       17. Ciência, tecnologia e inovação para  a
                inclusão social;

        18. Meio Ambiente e Recursos Naturais;
        19. Juventude;
        20. Articulação e Participação Social.
       
     As IES poderão concorrer ao financiamento de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por projeto e de até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) por programa.

          Calendário:
          -Lançamento do Edital - 01/02/2013.
          -Aprovação pelas Pró-Reitorias de Extensão e   
            encaminhamento das propostas  ao MEC até    
            22/03/2013.
          -Avaliação ad hoc das propostas – De 01/04/2013 a 

           21/04/2013.
          -Avaliação pelo CTM – De 22/04/2013 a 05/05/2013
          -Divulgação do resultado provisório no sítio do MEC – Até    

           12/05/2013.
          -Interposição de recursos – De 13/05/2013 até 17/05/2013
          -Avaliação dos recursos pelo CTM – De 27/05/2013 a 

            07/06/2013.
          -Divulgação do resultado final – Até 21/06/2013.



          Download do    
          Edital: sigproj1.mec.gov.br/edital_blank.php?id=648

         
       

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Debate aborda a educação penitenciária e a importância da remição penal pelo estudo


As inúmeras dificuldades para o exercício do direito à educação nas penitenciárias brasileiras foram discutidas em debate promovido pelo Observatório da Educação, programa da Ação Educativa, nesta quinta-feira, 6 de julho. O evento, coordenado por Vera Masagão, coordenadora de programas da Ação Educativa, faz parte da série Desafios da Conjuntura e contou com a presença de Timothy Ireland, diretor de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação; Kenarik Boujikian, juíza e integrante da Associação de Juízes pela Democracia.
Também foram convidados Manuel Português (pesquisador); Salete Valesan Camba (ABONG-SP e Instituto Paulo Freire); Gildean Silva Panikinho (Movimento Hip Hop); Elaine Pereira Araújo (professora da Penitenciária Feminina da Capital); Lúcia Patrocínia da Silva (FUNAP); Ewerson Souza (Pastoral Carcerária); Sandressa Carvalho (jornalista capixaba de A Gazeta) e duas egressas do sistema penitenciária que atuaram como educadoras, Marilda e Rita.
Timothy destacou que pela primeira vez os ministérios da Educação e da Justiça estão trabalhando de maneira articulada e espera que essa parceria se repita nos níveis estaduais. Ele também destacou que o MEC iniciou um projeto piloto de educação nas penitenciárias em 6 estados, que deve ser ampliado para 12 no segundo semestre. “Buscamos o aumento da quantidade ofertada, da qualidade e, principalmente, da pertinência da educação oferecida ao preso”.
Kenarik explicou que a remição da pena pelo trabalho está garantida expressamente na lei, e alguns tribunais, como o Superior Tribunal de Justiça, entendem que a educação também permite a remição. Mas nem todos os juizes concordam com isso. “Neste ano fiquei muito feliz que o mundo do Direito se uniu ao mundo da Educação pela aprovação de um Projeto de Lei que diz claramente que a educação também oferece remição”. Ela se refere a uma ação articulada por entidades da sociedade civil para pressionar a Câmara dos Deputados a colocar em votação o PL 4.230-04.
Timothy disse ainda que o MEC propôs que a certificação do ensino médio ou fundamental gere uma remição adicional ao preso. Entretanto, afirma que a remição “é uma questão bastante polêmica”, depende de mudanças culturais na sociedade e da continuidade da pressão social sobre o Congresso Nacional.
Lúcia Patrocínia da Silva salientou o trabalho que a Funap vem desenvolvido nos presídios paulistas, especialmente com a formação de monitores e a instalação de bibliotecas. Os outros depoimentos, porém, mostraram como as barreiras ao exercício do direito à educação ainda são muito fortes no estado de São Paulo.
Marilda e Rita falaram de suas experiências como alfabetizadoras dentro do sistema penitenciário e contaram, por exemplo, que os agentes penitenciários desestimulam a freqüência às aulas e que as empresas instaladas nos presídios dificultam a freqüência à escola, e muitas vezes demitem as presas que estudam. Paniquinho, que trabalhou como arte-educador em uma unidade da Febem, também relatou a falta de estímulo para que os adolescentes internos se envolvessem nas atividades educativas.
Para finalizar o debate, Vera Masagão destacou as implicações da institucionalização da educação nos presídios e a necessidade, nesse processo, de discutir quais atividades educativas serão válidas para a remição da pena e de aproveitar da melhor maneira possível a experiência dos educadores presos.



Fontehttp://www.acaoeducativa.org/index.php/cultura/35-arte-na-casa/96-espaco-de-cultura-e-mobilizacao-social, Acesso: 09/11/2012.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Redenção realiza fórum sobre educação penitenciária

"       Aconteceu no Auditório da Universidade Estadual do Pará-UEPA, no Polo de Redenção, o Fórum de Discussões da Educação Penitenciária, organizado pelo SUSIPE e Secretaria Estadual de Educação do Pará-SEDUC.
         O evento contou com a participação de alunos da UEPA e integrantes da sociedade civil e organizada de Redenção, bem como representantes da Pastoral Carcerária da Igreja Católica e de outras denominações religiosas. O objetivo principal do encontro, foi levantar questionamentos e apresentar proposta para a Construção do Plano Estadual de Educação nas Prisões, que serão apresentados no Fórum estadual que acontecerá em Belém ainda este mês.
     Após a exposição dos eixos temáticos, os participantes, entre eles alguns encarcerados, que participam do Programa de Educação no Cárcere no Centro de Recuperação Regional de Redenção, apresentaram propostas que serão apresentadas no Fórum estadual.
Para Lindomar Espindôla, coordenadora do projeto e representante da SUSIPE, o evento em Redenção possibilitou o encontro de educadores e representantes da sociedade civil e encarcerados, que apresentaram propostas para a melhoria da prática da educação dentro das prisões do Estado. De acordo com a coordenadora, a educação tem sido um fator de transformação na vida de muitos detentos.
      'Somente através da educação é que podemos mudar a história e a vida daqueles que hoje, se encontram encarcerados, a educação pode promover essa mudança, basta oferecermos essas oportunidades àqueles que não a tiveram quando estavam em liberdade', disse Lindomar Espindôla .
    O secretário Municipal de Educação Vanderly Moreira, disse que a Secretaria Municipal de Educação de Redenção, tem essa preocupação, por isso oferece oportunidades de estudo àqueles que se encontram encarcerados.
     'A prefeitura desenvolve um projeto educacional dentro do Presídio, onde mais de 40 detentos estão estudando com professores que integram o quadro de servidores da rede municipal de educação, além de todo o material didático, queremos atingir um número maior de alunos ainda este ano', disse Vanderly Moreira .
     Para o detento M.C.S, que participou dos debates juntamente com outros companheiros de cárcere, ‘‘ a ideia de que o detento é um monstro já está ultrapassada, para ele, que está cursando a modalidade EJA- Educação de Jovens e Adultos, em Redenção, a educação transforma a vida do ser humano, além de aproximar o sujeito da sociedade’’.
Fonte: Redação Folha
Data: 9/14/2012".



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Evento discute Plano de Educação Prisional


Profissionais da Educação

17/08/2012

Evento discute Plano de Educação Prisional






     Aproximadamente 70 profissionais da educação, entre professores e diretores que atuam nos Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) nos presídios além de técnicos pedagógicos da Secretaria de Estado da Educação (SEED) e Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU) participaram na última quinta-feira (16), em Curitiba, da elaboração do Plano Estadual de Educação para o Sistema Prisional.



       O objetivo do encontro foi propor ações e prazos, além de definir o papel de cada instituição na implantação do programa. “O plano é uma ação importante para toda a sociedade paranaense e para os apenados, pois garante a eles o direito à escolarização”, explicou Maria Cristina Rigon, coordenadora da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Nós estamos pensando a educação em todos os níveis de ensino”, completou a coordenadora. 



  De acordo com Glauceia Quadros, coordenadora de Educação e Qualificação Profissional do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), o plano propõe os indicativos para que a educação nos presídios seja garantida a todos os apenados. “O plano vai possibilitar a ampliação e cumprir a legislação, assegurando a todos os apenados que o direito fundamental da educação seja garantido”, disse.



     As discussões começaram em junho e toda a sociedade civil organizada foi chamada pra o debater a educação nas prisões. Os debates foram feitos nas escolas e em seguida nas regionais de educação. Terminadas as discussões, as propostas foram discutidas no Encontro de Educação nas Prisões, realizado em Curitiba no mês de julho.



     A Secretaria de Educação, com a modalidade de Educação de Jovens de Adultos (EJA), atende cerca de 3 mil apenados. De acordo com relatório do Depen de dezembro do ano passado, dos cerca de 15 mil presos, 3,67% são analfabetos e 77,17% não concluíram os ensinos fundamental ou médio.



   O plano é elaborado pelas Secretarias de Estado da Educação e Justiça em parceria com o Ministério Público, Conselho Estadual de Educação, APP-Sindicato, Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Pastoral e Realidade Carcerária


                                                                                                                                   Texto: Pe. Bosco            

       A pastoral carcerária no Brasil todo tem acompanhado o sistema prisional através das visitas. A situação é preocupante. Gostaríamos de apresentar as experiências exitosas, mas infelizmente, o estado brasileiro precisa ainda crescer no processo de atenção àquelas pessoas que precisam cumprir as medidas restritivas de liberdade. A situação é critica em todo território brasileiro e muito greve em uns estados mais que em outros.
          No Piauí, está o maior índice de presos provisórias do país. Isso significa um descaso do estado, a partir de seus defensores públicos e também do judiciário. O número de presos é pequeno, em relação a outros estados, mas em compensação, nem são soltos nem condenados. Como se sabe, a pior cadeia ou presidio é aquela de pessoas provisórias.  Vive-se, ali, um estado de total insegurança e ansiedade.
Mas a respeito da visita ela é o fundamento da missão da pastoral. Quando a visita não acontece a pastoral deixa de acontecer. Conforme o evangelho de Mateus capítulo 25, Jesus disse, eu estava preso e vocês foram me visitar.
       A partir das vista o trabalho da pastoral se desenvolve diante das demandas. Entre elas estão o contato com as famílias, com a Defensoria Publica, com advogados particulares, com a direção das unidades com a Secretaria de Administração Penitenciaria. A situação mais difícil encontrada nas visitas da pastoral carcerária ainda o tratamento desumano que é dispensado pelo estado brasileiro para quem cumpre condenação ou aguarda julgamento. A tortura ainda é praticada por ocasião das prisões e nas prisões. O estado brasileiro  não se libertou dos tempos da maldita ditadura. Os seus resquícios estão presentes. Criar Comitês de Prevenção e Combate à Tortura é uma vergonha, pois significa admitir que em nome do Estado a tortura  é praticada e que o Estado precisa da participação da sociedade para combatê-la. Temos um Estado criminoso já que tortura é crime hediondo.
        A tortura tem o seu caráter físico, mas também e, sobretudo psicológico. A pastoral é perita no conhecimento desta realidade por causa de sua presença no Brasil inteiro visitando as unidades, desde as cadeias publicas até os grandes presídios. É cômico que quando a pastoral apresenta uma denúncia de tortura, os gestores dizem que é infundada. Será que não sabem do que sabe a Pastoral?
O estado ainda carrega em suas estruturas o que a sociedade pensa para quem comete o crime: a ideia arraigada sobre o castigo. Assim ainda temos um sistema de punição e de castigo, por mais que se tenha presente a finalidade da prisão. (Talvez alguns gestores não saibam a finalidade da prisão).
     Qual é a condenação para uma pessoa que cometeu um crime? É a sentença concedida pela justiça; aquele tempo que deve ser cumprido dentro da legislação do país, para que a pessoa, durante aquele tempo possa ser ajudada a refazer a sua vida e retornar para o convívio da sociedade. Nosso país não tem prisão de e nem prisão perpetua. Onde tem prisão perpetua os crimes não diminuem e morrem pessoas inocentes. Vivemos, pois, no estado brasileiro, um grande atraso no sistema prisional. Os que prendem e são responsáveis pelas prisões dizem que O BRASIL PRENDE MUITO E PRENDE MAL. Mas não se dá um passo de qualidade para ao menos modificar o sistema.         
         Além disso, o estado brasileiro imagina que apenas a segurança é necessária. Por isso retira policiais, sobretudo militares de suas funções onde a sociedade precisa do policial, para coloca-lo nas prisões, em um lugar para o qual ele ou ela não foi preparado. Não resta duvidas que cada pessoa vai trabalhar a partir do seu lugar social. Por isso que em unidades prisionais o militar quer tratar as pessoas presas como se elas estivessem em um quartel. Pelo Brasil afora se questiona e se sabe que a militarização das unidades prisionais não é o caminho da se trabalhar o processo de retorno ao convívio social. Esta leitura não faz uma critica ao militar, mas ao Estado pela sua indiferença para  formar os seus quadros através de concurso público como a Paraíba está formando os seus e que temos participado como pastoral do quadro de formadores dos novos agentes.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Plano Estadual de Educação do Sistema Penitenciário do Amapá

             Desde de junho, tem se reunindo no Núcleo Educação de Jovens e Adultos - NEJA / SEED, na cidade de Macapá, uma equipe de servidores públicos das Secretarias de  Educação ou Segurança e convidados, com objetivo de discutir a elaboração do Plano Estadual de Educação do Sistema Penitenciário Amapaense.
        
         As pautas das discussões das reuniões foram:


         - Socialização dos resultados do III Seminário Nacional de Educação nas Prisões, ocorrido em maio deste ano em Brasília;
        
          - Constituição de uma comissão estadual;

          - Discussão sobre a proposta estrutural do "Plano Estadual de Educação nas Prisões" compartilhado aos representantes dos Estados e demais convidados no último seminário nacional, 

           
                Pela estrutura oficial que deverá ter o documento, a comissão estadual terá um árdua missão e trabalho pela frente para que o Estado do Amapá, venha está entre as unidades federadas que cumpre as normativas mais atuais no âmbito da orferta da educação formal e não-formal no sistema penitenciário.

        Para mais infomações: 
        Telefone: (96).3131.2269  (NEJA / SEED).     

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Coral de detentas “Vozes da Liberdade” faz apresentação em Patos


Coral de detentas “Vozes da Liberdade” faz apresentação em Patos

 
      Na tarde desta desta quinta-feira, (21), 13 apenadas do Presídio Feminino de Patos se apresentaram no auditório das FIP (Faculdades Integradas de Patos), no Bairro Belo Horizonte com o Grupo Musical Vozes da Liberdade.


     Grupo faz parte de um projeto de ressocialização, desenvolvido pelo Ministério Público da Paraíba e em parceria com a Polícia Militar, que visa através de atividades de recreação, levar músicas as detentas e tem como regente o sargento Robério Lopes.
De acordo com a promotora das Execuções Penais dePatos, Miriam Pereira Vasconcelos, o projeto Musical Vozes da Liberdade  nasceu a partir de um outro projeto, O Coral Maria Marias, de sua autoria, desenvolvido no estado do Espírito Santo.



       Estiveram presentes na apresentação do coral representantes de várias etidades como  Rotary/Patos, OAB/Patos, Ministério Público, Secretaria de Ação Social do Município, 3º BPM, além de representantes de igrejas protestantes e a direção do Presídio.


Acesso: 06-07-2012;

domingo, 17 de junho de 2012

MEC e o Acesso a Informação sobre a Educação em Prisões

                                                        
O Ministério da Educação disponibilizou o acesso a informação sobre a educação em prisões no site oficial da instituição. As discussões sobre a área estão vinculadas a Secretaria de Educação Continuada,  Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI, onde destacou que seu papel é apoiar técnica e financeiramente a implementação da Educação de Jovens e Adultos no sistema penitenciário.

Ações previstas:
· Elaboração dos Planos Estaduais de Educação nas Prisões.
· Oferta de formação continuada para diretores de estabelecimentos penais, agentes penitenciários e professores.
· Aquisição de acervo bibliográfico.

As orientações para as Secretarias de Educação e do Distrito Federal terem acesso ao apoio do MEC, é possível por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR), disponível no Sistema Integrado de Monitoramento e Controle - SIMEC.
Outras informações, acessar a Diretoria de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos - DPAEJA, clicando em Educações em Prisões.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nota de falecimento de servidor público do sistema penitenciário amapaense

N o t a   d e   F a l e c i m e n t o

 
O Blog Vozes da Prisão com pesar comunica o falecimento do servidor público estadual, Clodoaldo Pantoja Brito, lotado no Grupo Penitenciário, chefe de plantão da Guarnição Bravo, ocorrido em 11-06-2012.

O referido servidor público foi morto com vários tiros ao sair do seu local de trabalho e dirigir-se de moto para sua residência.

Prestamos condolências à família, aos amigos e ao grupo penitenciário enlutados, como um ato de solidariedade.




Blog Vozes da Prisão

Macapá-AP, 11 de junho de 2012













domingo, 20 de maio de 2012

Especialização em Docência e Interdisciplinaridade na Educação Básica e EJA



A Faculdade Estácio do Amapá, em parceria com o Governo do Estado do Amapá, através da Escola de Administração Pública, tornou público o EDITAL Nº. 002/2012, referente a inscrições para seleção do Curso de Pós-Graduado Lato Sensu em Docência e Interdisciplinaridade na Educação Básica e Educação de Jovens e Adultos.

· Inscrições: 09 a 24 de maio de 2012. 
      · Local das inscrições Faculdade  Estácio FAMAP, Rodovia Juscelino Kubistchek, s/nº – Jardim Equatorial, Macapá-AP.
· Número de vagas: oferta 50 (cinquenta).
· Pré-requisito: ser professor efetivo estadual, apresentar os documentos descritos no edital, carta de intenção e ficha de inscrição (anexo ao Edital  Nº. 002/2012).
· Fases da seleção:  análise dos documentos e entrevista.
           
É a oportunidade dos professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos na rede publica de ensino no Estado do Amapá, em ampliar a sua formação acadêmica. Aos interessados em participar do processo seletivo, é hora de correr atrás da documentação e produzir sua carta de intenção, já que as inscrições encerram essa semana!

sábado, 12 de maio de 2012

Nota Pública da Pastoral Carcerária sobre a atual situação do sistema prisional de São Paulo


Nota Pública da Pastoral Carcerária sobre a atual situação do sistema prisional de São Paulo

São Paulo, 10 de maio de 2012


            A Pastoral Carcerária  de São Paulo vem, pela presente nota pública, manifesta a sua profunda preocupação com a atual situação do sistema prisional paulista. Como se sabe, São Paulo detém aproximadamente um terço de toda a população prisional brasileira, fração que tende a aumentar. Atualmente, conta-se, a cada mês, por volta de 2.700 pessoas a mais no sistema prisional. Mantida essa média, chegaremos ao final do ano com cerca de 210.000 pessoas adultas presas em São Paulo. 
Decorrência direta desse aumento vertiginoso da população carcerária, a superlotação hoje se reflete nas 85.838 pessoas presas além da capacidade legal do sistema prisional paulista. Infelizmente, ainda se socorre da política de expansão carcerária a pretexto de resolver o problema da superlotação: o Governo anuncia a construção de 39 mil vagas até 2015, com custo estimado em R$ 1,5 bilhão de reais. Se a intenção é de fato conter a superlotação, a estratégia de construir novas unidades é, no mínimo, insuficiente: caso a população prisional siga crescendo da maneira que está e mesmo que as prometidas 39 mil vagas sejam construídas, em 2015 teremos um déficit de 180.000 vagas (número que corresponde à população aferida em dezembro de 2011!). 
            Em agravo a esse quadro já crítico, notamos um total descaso com os direitos mais básicos da pessoa presa: apenas 8% têm acesso a alguma forma de educação; somente 12% exercem atividade remunerada; o serviço de saúde é manifestamente frágil, com quadro técnico incompleto e diversos casos de graves doenças e até de óbitos oriundos de negligência; em celas onde cabem apenas 12, aglutinam-se mais de 40 pessoas. Não bastassem todas essas mazelas, ainda outro atentado contra a humanidade é observado com frequência intolerável: a tortura. São dezenas de denúncias apuradas pela Pastoral Carcerária e encaminhadas ao Judiciário e ao Ministério Público, instâncias que, lamentavelmente, pouco têm feito para coibir essa prática odiosa. O mesmo Judiciário e o mesmo Ministério Público são também responsáveis pelo ingente número de pessoas presas sem necessidade real. São recorrentes os abusos na utilização da prisão cautelar. Também não se ignora a enorme quantidade de pessoas presas por crimes sem violência ou grave ameaça. 
            Impunidade, aqui, apenas para os “bem-nascidos”. Nossa população mais pobre (sobretudo os jovens e negros) é refém de uma história de injustiças sociais de séculos e que, ainda hoje, se desenrola em um sistema prisional extremamente seletivo e cruel. Demandas sociais são tratadas com endurecimento penal. O resultado está nesse sistema carcerário superlotado e degradante, onde mais de 180 mil pessoas (repita-se: a maioria jovem, pobre e negra) estão literalmente acuadas. Nesse contexto, surpreende-nos, ainda, a notícia de que o Governo de São Paulo pretende entregar à iniciativa privada a construção e a administração de novas unidades prisionais. Obviamente, o custo da prisão aumentará, até porque não há iniciativa privada desprovida de apetite pelo lucro. Aquelas mesmas pessoas alijadas do exercício dos mínimos direitos fundamentais serão agora insumos para a iniciativa privada. Não precisamos construir mais unidades prisionais, tampouco podemos admitir que a restrição à liberdade seja objeto de exploração pela iniciativa privada! 
 Apesar de uma em cada 171 pessoas adultas estar presa em São Paulo, as taxas de criminalidade continuam ascendentes. Parece claro que essa política de encarceramento em massa, longe de responder aos anseios sociais por segurança pública, apenas interessa a quem é ávido por lucrar com o sistema prisional e com a reprodução da cultura de violência. A Pastoral Carcerária é veementemente contrária à violência, seja de quem e contra quem for. Exatamente por isso, vem a público externar a sua preocupação com a atual situação do sistema prisional paulista, cujos malfeitos apontados nos fazem temer pelo pior.
           Pelas razões expostas, instamos as autoridades públicas a adotarem todas as providências necessárias para reduzir substancialmente a população carcerária e para (antes de pensar em construir qualquer nova unidade) estruturar as unidades existentes com os equipamentos e com os profissionais adequados à promoção dos direitos básicos inscritos na Constituição da República e na Lei de Execução Penal.

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