Nota Pública da Pastoral Carcerária
sobre a atual situação do sistema prisional de São Paulo
São Paulo, 10 de maio de 2012
A Pastoral
Carcerária de São Paulo vem, pela presente nota pública, manifesta a
sua profunda preocupação com a atual situação do sistema prisional
paulista. Como se sabe, São Paulo detém aproximadamente um terço de toda
a população prisional brasileira, fração que tende a
aumentar. Atualmente, conta-se, a cada mês, por volta de 2.700 pessoas a
mais no sistema prisional. Mantida essa média, chegaremos ao final do ano com
cerca de 210.000 pessoas adultas presas em São Paulo.
Decorrência direta desse aumento
vertiginoso da população carcerária, a superlotação hoje se reflete nas
85.838 pessoas presas além da capacidade legal do sistema prisional
paulista. Infelizmente, ainda se socorre da política de expansão
carcerária a pretexto de resolver o problema da superlotação: o Governo
anuncia a construção de 39 mil vagas até 2015, com custo estimado em R$ 1,5
bilhão de reais. Se a intenção é de fato conter a superlotação, a
estratégia de construir novas unidades é, no mínimo, insuficiente: caso a
população prisional siga crescendo da maneira que está e mesmo que as
prometidas 39 mil vagas sejam construídas, em 2015 teremos um déficit de
180.000 vagas (número que corresponde à população aferida em dezembro de
2011!).
Em agravo a esse
quadro já crítico, notamos um total descaso com os direitos mais básicos da
pessoa presa: apenas 8% têm acesso a alguma forma de educação; somente 12%
exercem atividade remunerada; o serviço de saúde é manifestamente frágil, com
quadro técnico incompleto e diversos casos de graves doenças e até de óbitos
oriundos de negligência; em celas onde cabem apenas 12, aglutinam-se mais de
40 pessoas. Não bastassem todas essas mazelas, ainda outro atentado
contra a humanidade é observado com frequência intolerável: a tortura. São
dezenas de denúncias apuradas pela Pastoral Carcerária e encaminhadas ao
Judiciário e ao Ministério Público, instâncias que, lamentavelmente, pouco
têm feito para coibir essa prática odiosa. O mesmo Judiciário e o mesmo
Ministério Público são também responsáveis pelo ingente número de pessoas
presas sem necessidade real. São recorrentes os abusos na utilização da
prisão cautelar. Também não se ignora a enorme quantidade de pessoas presas
por crimes sem violência ou grave ameaça.
Impunidade, aqui,
apenas para os “bem-nascidos”. Nossa população mais pobre (sobretudo os
jovens e negros) é refém de uma história de injustiças sociais de séculos e
que, ainda hoje, se desenrola em um sistema prisional extremamente seletivo e
cruel. Demandas sociais são tratadas com endurecimento penal. O
resultado está nesse sistema carcerário superlotado e degradante, onde mais
de 180 mil pessoas (repita-se: a maioria jovem, pobre e negra) estão
literalmente acuadas. Nesse contexto, surpreende-nos, ainda, a notícia
de que o Governo de São Paulo pretende entregar à iniciativa privada a
construção e a administração de novas unidades prisionais. Obviamente, o
custo da prisão aumentará, até porque não há iniciativa privada desprovida de
apetite pelo lucro. Aquelas mesmas pessoas alijadas do exercício dos mínimos
direitos fundamentais serão agora insumos para a iniciativa privada. Não
precisamos construir mais unidades prisionais, tampouco podemos admitir que a
restrição à liberdade seja objeto de exploração pela iniciativa
privada!
Apesar de uma em cada 171 pessoas adultas
estar presa em São Paulo, as taxas de criminalidade continuam ascendentes.
Parece claro que essa política de encarceramento em massa, longe de responder
aos anseios sociais por segurança pública, apenas interessa a quem é ávido
por lucrar com o sistema prisional e com a reprodução da cultura de
violência. A Pastoral Carcerária é veementemente contrária à violência,
seja de quem e contra quem for. Exatamente por isso, vem a público externar a
sua preocupação com a atual situação do sistema prisional paulista, cujos
malfeitos apontados nos fazem temer pelo pior.
Pelas razões expostas, instamos as
autoridades públicas a adotarem todas as providências necessárias para
reduzir substancialmente a população carcerária e para (antes de pensar em
construir qualquer nova unidade) estruturar as unidades existentes com os
equipamentos e com os profissionais adequados à promoção dos direitos básicos
inscritos na Constituição da República e na Lei de Execução Penal.
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PASTORAL CARCERÁRIA NACIONAL -PCrN/CNBB
Coordenação Executiva Nacional: Pe. Valdir João da Silveira, Ir. Petra Pfaller, Heidi Ann Cerneka, José de Jesus Filho Tel.: 55 (11) 3101-9419 - Skype: carceraria.secretaria E-mail: nacional@carceraria.org.br - www.carceraria.org.br |
CITAÇÕES PARA REFLETIR
"O meio mais seguro, ainda que o mais difícil, para prevenir os delitos é aperfeiçoar a educação, assunto demasiado vasto e que ultrapassa os limites que me impus. Ainda, ouso dizer que ele está intrinsecamente ligado à natureza do governo, razão para que seja um campo estéril, só cultivado por alguns poucos sábios". (Cesare Beccaria, 2002, 106-07)
sábado, 12 de maio de 2012
Nota Pública da Pastoral Carcerária sobre a atual situação do sistema prisional de São Paulo
terça-feira, 1 de maio de 2012
Juiza libera detenta para frequentar universidade
A decisão da Juíza é inédita no
Estado e atendeu o pedido ajuizado pela Defensoria Pública do Estado do Ceará
Foto: Natinho Rodrigues
A detenta cearense Cynthia Corvello,
que cumpre regime fechado no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura
Costa, foi liberada pela Justiça para frequentar as aulas do curso superior em História na Universidade Federal do Ceará (UFC). A
decisão foi concedida na manhã desta sexta-feira (24) pela Juíza da 2ª Vara de
Execuções Criminais, Dra. Luciana Teixeira de Sousa.
A decisão da Juíza é inédita no Estado e atendeu o pedido ajuizado pela
Defensoria Pública do Estado do Ceará, através do Núcleo Especializado em
Execução Penal (NUDEP). Segundo a secretária da Justiça e Cidadania, Mariana Lobo,
já pode ser considerada uma vitória para o Sistema Penitenciário do Ceará e do
país. "Temos em mente que o objetivo maior do sistema penitenciário é garantir a reinserção social dos
apenados e conceder o direito ao estudo ainda durante o cumprimento da pena
abre novas oportunidades para a detenta e serve de exemplo a ser seguido",
afirma. Ainda para a Sejus o resultado traduz os investimentos feitos na
educação prisional que teve 17 aprovações no ENEM 2012.
Segundo o parecer da Justiça, a concessão tomou por base o princípio da
individualização da pena, que garante que na execução de cada caso seja dado ao preso as oportunidades e os elementos necessários para desfrutar de sua
reinserção social. No caso de Cynthia, foi considerada execução de atividades
de trabalho dentro da Unidade, sendo responsável pela biblioteca e projetos de leitura e atividades culturais, além de apresentar excelente padrão de comportamento e bom relacionamento
carcerário.
Fonte: http://www.gterra.com.br/justica/juiza-libera-detenta-para-frequentar-universidade-52565.html, Acesso: 01 de maio de 2012.terça-feira, 24 de abril de 2012
Educação prisional: Estado e UEPB marcam inauguração de campus do Serrotão
17/04/2012 | 11h33min
Ampliação das salas de aula, criação e
aprimoramentos de cursos para mulheres e uma data para a inauguração do campus
avançado da UEPB no Presídio do Serrotão, em Campina Grande, estiveram nas
discussões entre o secretário Washington França (Administração Penitenciária),
a reitora da instituição de ensino, Marlene Alves, e o juiz Fernando Brasilino,
das Execuções Penais.
"Reafirmamos a continuidade dos projetos
e parcerias com a UEPB, também discutimos novos projetos que em breve estaremos
anunciando”, disse o secretário Washigton França, após a reunião, realizada na
tarde da segunda-feira (16).
O campus avançado da UEPB está em fase
de conclusão, com data prevista de inauguração para o dia 10 de maio. Essas
instalações constarão com oito salas de aulas onde os apenados terão
oportunidade de entrar no universo escolar e acadêmico, com aulas desde o
ensino básico ao superior e profissionalizante.
"Achamos muito interessante essa
parceria com o sistema prisional, é de extrema relevância que nossos
professores e estudantes saiam do universo acadêmico e conheçam outras
realidades”, avaliou a professora Marlene Alves.
Fernando Brasilino, juiz da Vara de
Execuções Penais de Campina Grande, elogiou a iniciativa pioneira do Estado:
"O desafio educacional da UEPB e do sistema prisional da Paraíba é uma
coisa inédita, até mesmo no nível de Brasil e talvez de America Latina.
Instalar um campus dentro de um presídio é um negocio jamais visto em parte
alguma no Brasil”.
Parcerias - A UEPB é parceira no programa do
governo "Cidadania é Liberdade” e está implantando vários projetos no
complexo do Serrotão. Na ala feminina, por exemplo, haverá berçário,
ambulatório, biblioteca, fábrica de cinto e bolsas e sala multiuso com recursos
audiovisuais.
Já para a ala masculina será construída
fábrica de pré-moldados, oito salas de aula, biblioteca, além de salas de
informática, leitura e vídeo. Um escritório-modelo jurídico também faz parte do
projeto, que constará de três parlatórios, sala de videoconferência, sala para
advogados, copa, banheiros e sala de apoio.
Ainda na área da educação foi assinado um convênio com a Universidade
Estadual da Paraíba (UEPB) que garantirá aos detentos desde a alfabetização até
a universidade. Da parceria também resultará um concurso de contos e poesias em
presídios de Campina Grande. Ao final do concurso, a editora da UEPB lançará um
livro reunindo essa produção literária.
Secom PB
Fonte: http://www.paraiba.com.br/2012/04/17/64603-estado-e-uepb-discutem-educacao-prisional-e-marcam-inauguracao-de-campus-do-serrotao,
Acesso: 20-04-2012.
sábado, 21 de abril de 2012
EJA em Estabelecimento Penal no Amapá aderiu à greve de professores pela valorização profissional e pagamento do piso salarial
Foto: Blog Vozes da Prisão
Iniciou em 20 de abril, a greve dos professores no Estado do Amapá
liderado pelo SINSEPEAP (Sindicato dos
Servidores Públicos em Educação no Amapá). O movimento reuniu-se na Praça
da Bandeira, onde em plenária foi votado os membros do Comando de Greve. Em
seguida, os professores, pedagogos e apoiadores da greve dirigiram-se para
frente do Palácio do Governo, local em que manifestaram publicamente as
reivindicações da categoria funcional.
A categoria funcional reivindica que seja pago pelo Governo,
o valor do piso salarial à classe, pois o que se conseguiu até o momento não atinge o mesmo, como também assistência à saúde aos servidores públicos. Outro problema bastante enfatizado é que o grupo de servidores lutam para que a prática de assedio moral seja extirpada da rede pública de ensino estadual. A esse respeito, um dos membros da diretoria do SINSEPEAP disse que recentemente muitos professores têm entrado em contato para pedir orientação como proceder com relação a prática de assédio moral na escola, e que na maioria das vezes, eles pedem para não ser identificados por medo de represaria no local de trabalho.
Ressaltou Almir Brito, diretor do SINSEPEAP, que a categoria hoje esta abrindo mão de 33,7% do necessário para atingir o piso salarial (R$ 1451,00) para reivindicar 20% de recomposição em caráter emergencial.
O corpo docente da EJA atuante no sistema penitenciário amapaense, em reunião em 19 de abril na EESJ, voltou em unanimidade pela adesão à greve. O referido grupo de docente entra no Movimento de Greve no Estado do Amapá pela primeira vez, onde reivindica a valorização profissional do docente que atua com EJA em Estabelecimento Penal e o piso salarial, como os demais servidores públicos lotados na Secretaria de Estado de Educação.
Ressaltou Almir Brito, diretor do SINSEPEAP, que a categoria hoje esta abrindo mão de 33,7% do necessário para atingir o piso salarial (R$ 1451,00) para reivindicar 20% de recomposição em caráter emergencial.
O corpo docente da EJA atuante no sistema penitenciário amapaense, em reunião em 19 de abril na EESJ, voltou em unanimidade pela adesão à greve. O referido grupo de docente entra no Movimento de Greve no Estado do Amapá pela primeira vez, onde reivindica a valorização profissional do docente que atua com EJA em Estabelecimento Penal e o piso salarial, como os demais servidores públicos lotados na Secretaria de Estado de Educação.
A greve é por tempo indeterminado, até
que retornem as negociações.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Seminário sobre Educação nas Prisões
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Seminário sobre Educação nas Prisões
LOCAL: Auditório Anísio Teixeira, no Edifício Sede do Conselho Nacional de Educação. End. SGAS Av. L2 sul, Lote 50, CEP 70.200-670, Brasília / DF.
PROGRAMAÇÃO
8h-8h30 Credenciamento
8h30-10h
Mesa de Abertura
Ministro da Educação
Ministro da Justiça
Ministra- Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República
Presidente do Conselho Nacional e Educação
Presidente do Conselho Nacional de Justiça
10h-10h15 Petit Four
10h15-10h35
Exposição:
Diretrizes Nacionais de Educação de Jovens e Adultos em situação
de privação de liberdade em estabelecimentos penais
10h35-12h30
Painel
Experiências de Educação em contextos de Encarceramento no Brasil e em outros países da América Latina
Secretaria de Educação do Rio de Janeiro
Secretaria de Educação do Paraná
REDLECE – Rede Latinoamericana de Educação em Espaço de Encarceramento
Programa Del Cárcel – Ministério do Uruguai
Exposição e interlocução com o Plenário
12h30– 14h Almoço
14h -16h
Debate com manifestação do Plenário sobre formas de cooperação/colaboração para efetivar a oferta de educação nas prisões, em cumprimento à Resolução CNE/CEB nº 2/2010
16h-16h15 Coffee Break
16h15– 17h Conclusões e Recomendações
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Programa Livro na Prisão
Organizado pela Red Book Store
Collective em Cambridge, MA, em 1972, o Prison Book Program (PBP) foi a princípio comprometido em distribuir
politicamente uma literatura progressiva. Os membros fundadores entendiam que a
leitura era crucial aos presos, que muitas vezes tiveram educações precárias e
escasso acesso aos livros através das bibliotecas da prisão. Estes membros
também perceberam a importância da conexão forjada entre pessoas que vivem em
ambos os lados dos muros da prisão, e, perseguiram essa conexão com vigor.
Desde 1988, o PBP foi copilado, publicado e distribuído na National Prisoner Resource List (NPRL) ¾ uma lista de recursos para os presos de todo o país. O NPRL fornece aos
presos informações sobre lugares em que eles e suas famílias podem recorrer
para apoio, advocacia, informações sobre saúde e saídas pela sua criatividade.
Em 2002, o PBP celebrou o seu 30o
ano de envio de livros gratuitos aos presos e viu a criação de seu primeiro
logotipo. Selecionados a partir de ingressos de presos que participaram no Concurso Logotipo do PBP. O logotipo vencedor ¾ acompanhado pelo slogan, “Livros
podem abrir portar” ¾ foi co-criado por SteveRay Hubble e Champagne. Um redesenho do logotipo
agora serve como o logotipo oficial do PBP. Desde esse ano, o Programa Livro na
Prisão tem visto um crescimento significativo no número de presos atendidos.
Ele continuou a enviar um número recorde de livros aos presos em 2003, com
média de 500 presos atendidos por mês.
Em um esforço para melhorar e expandir o seu alcance, o PBP formou em 2008 um conselho consultivo. Os candidatos a membros foram considerados
pela sua posição de destaque, influencia na comunidade e seu apoio à missão do
PBP. Os membros do corpo do conselho fornecem assessoria sobre: divulgação,
desenvolvimento, angariação de fundos e outros assuntos.
O PBP, em parceria com City Mission Society of Boston e Better
World Books em 2007 para
realizar a sua primeira unidade de livro da comunidade anual, utilizou as unidades menores
para culminar em uma unidade maior. Até o momento, as quatro unidades de livros
anuais acumularam um total de mais de 68000 (sessenta e oito mil) livros.
Fonte: PRISON BOOK PROGRAM. Disponível
em: http://www.prisonbookprogram.org/essayslanding.php,
acesso: 15-04-2012.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Lançamento de livro: Espaço da Prisão e suas Práticas Educativas
terça-feira, 10 de abril de 2012
Plano Estadual de Educação do Sistema Prisional de Roraima
Em 14 de abril de 2012, encaminhou-se o Plano Estadual de
Educação do Sistema Prisional de Roraima à Secretaria de Estado da Educação.
Conforme o sumário do documento, o
corpo do texto estruturou-se nos capítulos: 1. Aspectos históricos da
oferta da educação no sistema prisional brasileiro; 2. Diagnóstico da oferta da
educação no Sistema Prisional de Roraima (2008-2011); 3. Conferência de
educação do Sistema Prisional do Estado de Roraima; 4. Implantação das políticas
públicas para educação no Sistema Prisional do Estado de Roraima.
Podemos agora afirmar que o Governo do Estado de Roraima entra na estatística das poucas unidades federadas que efetivaram a elaboração do Plano Estadual de Educação do Sistema Prisional. Agora, o documento será apresentado ao Ministério da Educação, conforme esclareceu a Profa. Jucimar Vieira Araújo, coordenadora da DIEJA.
Fonte: VASQUEZ, E. L.; NEVES, E. S. (Org's.). Plano Estadual de Educação do Sistema Prisional de Roraima. Boa Vista: SECD-RR, 2012. 75f
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Oficinas gratuitas promovem o Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência da PUC-SP
As oficinas acontecem dias 31 de março, 14 de
abril e 5 de maio. As inscrições são gratuitas. A História da Ciência
representa hoje um espaço de reflexão e contextualização das Ciências
Naturais e Humanas. Interface das múltiplas áreas do conhecimento, procura
fechar o abismo criado pela modernidade entre a cultura científica e a
cultura humanística. As oficinas são voltadas para estudantes (graduados ou
finalizando a graduação) e profissionais em diversas áreas de atuação e do
conhecimento: professores, médicos, economistas, advogados, psicólogos,
profissionais da moda, gastronomia, jornalismo, músicos, literatos e
cientistas, entre muitas outras profissões.
Três instigantes oficinas promovem, a partir do dia 31 de março, o programa
de História da Ciência da PUC-SP. As oficinas são voltadas especialmente para
os interessados em História da Ciência, com formação universitária (ou
finalizando a graduação) em qualquer área do conhecimento. As três oficinas
acontecem no Campus Marques de Paranaguá da PUC-SP (à rua Caio Prado, 102,
Anfiteatro, 1o. andar ), nos dias 31 de março, das 14h às 17h; 14 de abril,
das 9h às 12h, e 5 de maio, das 14h às 17h. Para participar das oficinas ou
mesmo para marcar uma visita ao centro de pesquisas (Cesima), basta telefonar
para 11-31247209 ou enviar um e-mail (poshciencia@pucsp.br). As inscrições
são gratuitas e podem ser feitas até um dia antes do início da cada oficina.
Há 120 vagas para cada uma das oficinas.
“O objetivo das oficinas é divulgar o trabalho que fazemos tratando da História da Ciência, assim como da relação História da Ciência e Ensino e, ainda, expor possíveis temas de pesquisa”, diz o professor José Luiz Goldfarb. “Um grande número de professores, de todos os níveis e de todas as áreas do conhecimento, fez e faz seu Mestrado ou Doutorado junto a nosso programa, com muito sucesso. Especialmente para os professores da Rede Estadual, podemos orientar e acompanhar a preparação de um projeto para solicitação de bolsa junto à SEE, seja para o Mestrado, seja para o Doutorado”, acrescenta a professora Márcia H. M. Ferraz.
As inscrições para a Pós-Graduação em História da
Ciência da PUC-SP, que começa em agosto deste ano, ocorrem de 9 de abril a 11
de maio. Mais informações podem ser obtidas, a partir da abertura das
inscrições no site: http://www.pucsp.br/pos/hciencia/processo_seletivo.htm ou
ou através do telefone: 11-3124 7209 ou e-mail: poshciencia@pucsp.br.
Veja a seguir o programa das oficinas
31 de março, das 14h às 17h
“A passagem da alquimia à química: uma história lenta e sem rufar de tambores”
-ministrada pela Profa. Dra. Ana Maria Alfonso-Goldfarb;
“Mario Schenberg: cientista, filósofo, político e crítico de arte” – com o
Prof. Dr. José Luiz Goldfarb;
“Ciência e Natureza no Brasil Colônia e Brasil Império”- ministrada pela
Profa. Dra. Márcia H. M. Ferraz.
14 de abril, das 9h às 12h
“Ciências da natureza nos séculos XVIII e XIX: o surgimento de especialidades
” – ministrada pela Profa. Dra. Ana Maria Alfonso-Goldfarb e “Ciência e
Arte: um olhar sobre a música” – com a Profa. Dra. Carla Bromberg;
“Ideias sobre a vida e a matéria: entendendo o impasse moderno do DNA” -
ministrada Profa. Dra. Silvia Waisse.
5 de maio, das 14h às 17h
“Química das damas” – ministrada pela Profa. Dra. Laís dos Santos Pinto
Trindade;
“A física e a matemática na perspectiva da historia da ciência” - com o Prof.
Dr. Fumikazu Saito;
“Tabela Periódica: a construção de um poema químico” – ministrada pela Profa.
Dra. Maria Helena Roxo Beltran.
Sobre o programa de História da Ciência
Por Márcia H. M. Ferraz e José Luiz Goldfarb
O Programa de Estudos Pós Graduados em História da Ciência iniciou suas
atividades em 1997 e teve como matriz o Centro Simão Mathias de Estudos em
História da Ciência, criado em 1994. A História da Ciência representa hoje um
espaço de reflexão e contextualização das Ciências Naturais e Humanas.
Interface das múltiplas áreas do conhecimento, procura fechar o abismo criado
pela modernidade entre a cultura científica e a cultura humanística.
Profissionais das diferentes áreas têm procurado o Programa de Pós-Graduação
da PUC-SP para realizar o Mestrado e o Doutorado, com forma de obter uma
sólida formação que permita pensar (e repensar) sua atuação. O Programa conta
entre seus alunos e ex-alunos com professores atuantes em todos os níveis de
ensino e provenientes de todas as áreas do conhecimento: médicos,
economistas, advogados, psicólogos, profissionais da moda, gastronomia,
jornalismo, músicos, literatos e cientistas, entre muitas outras profissões.
Para os atuantes no Ensino Fundamental e Médio, a História da Ciência atende
às orientações de nível federal e estadual no tocante às metodologias de
ensino; aos profissionais liberais, permite a reflexão profunda da sua
atuação profissional; aos jornalistas dedicados aos temas da ciência fornece
ferramentas para pensar o estabelecimento e a institucionalização das
ciências e, ainda, a forma de construção do conhecimento científico.
Visando a formação de pesquisadores e docentes de nível superior que podem se
integrar a campos tão diversos quanto a política científica e o ensino, este
Programa oferece uma gama variada de disciplinas. Desse modo, proporciona
adequada fundamentação epistemológica, metodológica e didática em História da
Ciência, além de conhecimentos específicos. O Programa enfatiza estudos em
História das Ciências Exatas e Naturais (Matemática, Astronomia, Física,
Química, Ciências da Terra e Ciências da Vida), mas sempre voltados a
interfaces com as Ciências Humanas. Dessa forma, recebem especial atenção os
estudos nas interfaces história da ciência e ensino, ciência e arte e ciência
e religião, entre outras. (...).
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sábado, 7 de abril de 2012
CONCURSO DE OBRAS TEXTUAIS 2012:
“QUAL A IMPORTÂNCIA DO VOTO PARA O
PRESO?”
O setor de educação que está em
fase de implantação do Centro de Detenção Provisória de Vila Independência (São
Paulo) está realizando o Concurso de
Obras Textuais 2012, com o tema: "Qual
a importância do voto para o preso?" O
objetivo do concurso é motivar a criatividade e incentivar a participação de
funcionários e pessoas presas em atividades que provoquem reflexão em relação
ao seu projeto de vida, enfim, criar uma rotina de atividades afirmativas
visando desenvolver um ambiente mais humanizado.
O Concurso é
dirigido a todos presos, reeducandos, sentenciados do Sistema Penal Paulista,
doravante denominados de participantes. Cada participante poderá inscrever quaisquer
quantidades de produções textuais (carta, prosa, poesia, letra de música, texto
livre e outros gêneros), preenchendo a ficha de inscrição do concurso e
encaminhando a Comissão Organizadora formada pelos membros (Maurílio de Souza
Firmino, Wanderley Lopes, Luiz Duarte, Roberto de Almeida Barros, Fernando
Cebalos, Deborah Cássia e Diogo Dantas).
Conforme o
regulamento do concurso (2012): “Serão consideradas inscritas somente as
produções textuais entregues até 01 de maio de 2012 às 14:00h”. O julgamento das produções textuais ocorrerá às 14:00h do dia 17 de maio de 2012 no auditório
da Sub Prefeitura de Vila Prudente, situada à Av.
do Oratório, n º 172, próxima
da Av. Prof. Luiz Inácio de Anhaia Mello, Telefone nº 2272.4700 ou 6794.4242.
O Blog
Vozes da Prisão, em breve divulgará o resultado do concurso!
quarta-feira, 28 de março de 2012
Seminário Estadual de Ciências Criminais
Fonte: http://www.tjap.jus.br/portal/component/content/article/27/1271-seminario-estadual-de-ciencias-criminais.html, Acesso: 28/03/12.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Parceria com a Polícia Militar beneficia filhos de reeducandas do IAPEN
O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) firmou uma parceria com a Polícia Militar que irá beneficiar os filhos das reeducandas da Penitenciaria Feminina, através da participação nos projetos sociais desenvolvidos pela corporação nas áreas de esporte, lazer e cidadania.
Quarenta e quatro crianças e adolescentes foram inseridas em quatro projetos sociais: 15 estão no Cidadão Mirim; 15 no Peixinhos Voadores; 12 no Campeões do Amanhã e dois no Campeões do Basquete. A inclusão atenderá a 40 internas da Penitenciária Feminina.
Os projetos sociais da Polícia Militar se destacam por promoverem a inclusão de crianças e adolescentes em situação de risco social, elevam a autoestima e oferecem tratamento humanitário. Os alunos irão receber aulas de basquete, futebol, natação e cidadania.
Na avaliação do diretor do Iapen, delegado Nixon Kenedy, essa parceria é muito importante para o processo de ressocialização das reeducandas.
"Estamos conseguindo promover a inclusão além dos muros da penitenciária, chegando até a família da interna, que tem uma participação significativa nesse processo", considera.
Jailson Santos/Iapen
Fonte: http://agenciaamapa.com.br/noticia/28638, Acesso: 26 / 03 / 2012.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional
Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos |
Institui o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional.
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A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 17 a 21 e § 4o do art. 83 da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984,
DECRETA:
Art. 1o Fica instituído o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional - PEESP, com a finalidade de ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais.
Art. 2o O PEESP contemplará a educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos, a educação profissional e tecnológica, e a educação superior.
Art. 3o São diretrizes do PEESP:
I - promoção da reintegração social da pessoa em privação de liberdade por meio da educação;
II - integração dos órgãos responsáveis pelo ensino público com os órgãos responsáveis pela execução penal; e
III - fomento à formulação de políticas de atendimento educacional à criança que esteja em estabelecimento penal, em razão da privação de liberdade de sua mãe.
Parágrafo único. Na aplicação do disposto neste Decreto serão observadas as diretrizes definidas pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Art. 4o São objetivos do PEESP:
I - executar ações conjuntas e troca de informações entre órgãos federais, estaduais e do Distrito Federal com atribuições nas áreas de educação e de execução penal;
II - incentivar a elaboração de planos estaduais de educação para o sistema prisional, abrangendo metas e estratégias de formação educacional da população carcerária e dos profissionais envolvidos em sua implementação;
III - contribuir para a universalização da alfabetização e para a ampliação da oferta da educação no sistema prisional;
IV - fortalecer a integração da educação profissional e tecnológica com a educação de jovens e adultos no sistema prisional;
V - promover a formação e capacitação dos profissionais envolvidos na implementação do ensino nos estabelecimentos penais; e
VI - viabilizar as condições para a continuidade dos estudos dos egressos do sistema prisional.
Parágrafo único. Para o alcance dos objetivos previstos neste artigo serão adotadas as providências necessárias para assegurar os espaços físicos adequados às atividades educacionais, culturais e de formação profissional, e sua integração às demais atividades dos estabelecimentos penais.
Art. 5o O PEESP será coordenado e executado pelos Ministérios da Justiça e da Educação.
Art. 6o Compete ao Ministério da Educação, na execução do PEESP:
I - equipar e aparelhar os espaços destinados às atividades educacionais nos estabelecimentos penais;
II - promover a distribuição de livros didáticos e a composição de acervos de bibliotecas nos estabelecimentos penais;
III - fomentar a oferta de programas de alfabetização e de educação de jovens e adultos nos estabelecimentos penais; e
IV - promover a capacitação de professores e profissionais da educação que atuam na educação em estabelecimentos penais.
Art. 7o Compete ao Ministério da Justiça, na execução do PEESP:
I - conceder apoio financeiro para construção, ampliação e reforma dos espaços destinados à educação nos estabelecimentos penais;
II - orientar os gestores do sistema prisional para a importância da oferta de educação nos estabelecimentos penais; e
III - realizar o acompanhamento dos indicadores estatísticos do PEESP, por meio de sistema informatizado, visando à orientação das políticas públicas voltadas para o sistema prisional.
Art. 8o A O PEEP será executado pela União em colaboração com os Estados e o Distrito Federal, podendo envolver Municípios, órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta e instituições de ensino.
§ 1o A vinculação dos Estados e do Distrito Federal ocorrerá por meio de termo de adesão voluntária.
Art. 8o A O PEEP será executado pela União em colaboração com os Estados e o Distrito Federal, podendo envolver Municípios, órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta e instituições de ensino.
§ 1o A vinculação dos Estados e do Distrito Federal ocorrerá por meio de termo de adesão voluntária.
§ 2o A União prestará apoio técnico e financeiro, mediante apresentação de plano de ação a ser elaborado pelos Estados e pelo Distrito Federal, do qual participarão, necessariamente, órgãos com competências nas áreas de educação e de execução penal.
§ 3o Os Ministérios da Justiça e da Educação analisarão os planos de ação referidos no § 2o e definirão o apoio financeiro a partir das ações pactuadas com cada ente federativo.
§ 4o No âmbito do Ministério da Educação, as demandas deverão ser veiculadas por meio do Plano de Ações Articuladas - PAR de que trata o Decreto no 6.094, de 24 de abril de 2007.
Art. 9o O plano de ação a que se refere o § 2o do art. 8o deverá conter:
I - diagnóstico das demandas de educação no âmbito dos estabelecimentos penais;
II - estratégias e metas para sua implementação; e
III - atribuições e responsabilidades de cada órgão do ente federativo que o integrar, especialmente quanto à adequação dos espaços destinados às atividades educacionais nos estabelecimentos penais, à formação e à contratação de professores e de outros profissionais da educação, à produção de material didático e à integração da educação de jovens e adultos à educação profissional e tecnológica.
Art. 10. Para a execução do PEESP poderão ser firmados convênios, acordos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres, com órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com consórcios públicos ou com entidades privadas.
Art. 11. As despesas do PEESP correrão à conta das dotações orçamentárias anualmente consignadas aos Ministérios da Educação e da Justiça, de acordo com suas respectivas áreas de atuação, observados os limites estipulados pelo Poder Executivo, na forma da legislação orçamentária e financeira, além de fontes de recursos advindas dos Estados e do Distrito Federal.
Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de novembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.
DILMA ROUSSEFFJosé Eduardo CardozoFernando Haddad
Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.11.2011
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7626.htm, Acesso: 14 / 02 / 2012.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
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