CITAÇÕES PARA REFLETIR

"O meio mais seguro, ainda que o mais difícil, para prevenir os delitos é aperfeiçoar a educação, assunto demasiado vasto e que ultrapassa os limites que me impus. Ainda, ouso dizer que ele está intrinsecamente ligado à natureza do governo, razão para que seja um campo estéril, só cultivado por alguns poucos sábios". (Cesare Beccaria, 2002, 106-07)

segunda-feira, 26 de março de 2012

Parceria com a Polícia Militar beneficia filhos de reeducandas do IAPEN


Da Redação
Agência Amapá
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O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) firmou uma parceria com a Polícia Militar que irá beneficiar os filhos das reeducandas da Penitenciaria Feminina, através da participação nos projetos sociais desenvolvidos pela corporação nas áreas de esporte, lazer e cidadania.
Quarenta e quatro crianças e adolescentes foram inseridas em quatro projetos sociais: 15 estão no Cidadão Mirim; 15 no Peixinhos Voadores; 12 no Campeões do Amanhã e dois no Campeões do Basquete. A inclusão atenderá a 40 internas da Penitenciária Feminina.
Os projetos sociais da Polícia Militar se destacam por promoverem a inclusão de crianças e adolescentes em situação de risco social, elevam a autoestima e oferecem tratamento humanitário. Os alunos irão receber aulas de basquete, futebol, natação e cidadania.
Na avaliação do diretor do Iapen, delegado Nixon Kenedy, essa parceria é muito importante para o processo de ressocialização das reeducandas.
"Estamos conseguindo promover a inclusão além dos muros da penitenciária, chegando até a família da interna, que tem uma participação significativa nesse processo", considera.
Jailson Santos/Iapen
Fonte: http://agenciaamapa.com.br/noticia/28638, Acesso: 26 / 03 / 2012.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional




Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos





Institui o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 17 a 21 e § 4o do art. 83 da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984, 
DECRETA: 
Art. 1o  Fica instituído o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional - PEESP, com a finalidade de ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais. 
Art. 2o  O PEESP contemplará a educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos, a educação profissional e tecnológica, e a educação superior. 
Art. 3o  São diretrizes do PEESP:
I - promoção da reintegração social da pessoa em privação de liberdade por meio da educação;
II - integração dos órgãos responsáveis pelo ensino público com os órgãos responsáveis pela execução penal; e
III - fomento à formulação de políticas de atendimento educacional à criança que esteja em estabelecimento penal, em razão da privação de liberdade de sua mãe. 
Parágrafo  único.  Na aplicação do disposto neste Decreto serão observadas as diretrizes definidas pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 
Art. 4o  São objetivos do PEESP:
I - executar ações conjuntas e troca de informações entre órgãos federais, estaduais e do Distrito Federal com atribuições nas áreas de educação e de execução penal;
II - incentivar a elaboração de planos estaduais de educação para o sistema prisional, abrangendo metas e estratégias de formação educacional da população carcerária e dos profissionais envolvidos em sua implementação;
III - contribuir para a universalização da alfabetização e para a ampliação da oferta da educação no sistema prisional;
IV - fortalecer a integração da educação profissional e tecnológica com a educação de jovens e adultos no sistema prisional;
V - promover a formação e capacitação dos profissionais envolvidos na implementação do ensino nos estabelecimentos penais; e
VI - viabilizar as condições para a continuidade dos estudos dos egressos do sistema prisional. 
Parágrafo único.  Para o alcance dos objetivos previstos neste artigo serão adotadas as providências necessárias para assegurar os espaços físicos adequados às atividades educacionais, culturais e de formação profissional, e sua integração às demais atividades dos estabelecimentos penais. 
Art. 5o  O PEESP será coordenado e executado pelos Ministérios da Justiça e da Educação. 
Art. 6o  Compete ao Ministério da Educação, na execução do PEESP:
I - equipar e aparelhar os espaços destinados às atividades educacionais nos estabelecimentos penais;
II - promover a distribuição de livros didáticos e a composição de acervos de bibliotecas nos estabelecimentos penais;
III - fomentar a oferta de programas de alfabetização e de educação de jovens e adultos nos estabelecimentos penais; e
IV - promover a capacitação de professores e profissionais da educação que atuam na educação em estabelecimentos penais. 
Art. 7o  Compete ao Ministério da Justiça, na execução do PEESP:
I - conceder apoio financeiro para construção, ampliação e reforma dos espaços destinados à educação nos estabelecimentos penais;
II - orientar os gestores do sistema prisional para a importância da oferta de educação nos estabelecimentos penais; e
III - realizar o acompanhamento dos indicadores estatísticos do PEESP, por meio de sistema informatizado, visando à orientação das políticas públicas voltadas para o sistema prisional. 
Art. 8A O PEEP será executado pela União em colaboração com os Estados e o Distrito Federal, podendo envolver Municípios, órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta e instituições de ensino.
§ 1o  A vinculação dos Estados e do Distrito Federal ocorrerá por meio de termo de adesão voluntária. 
§ 2o  A União prestará apoio técnico e financeiro, mediante apresentação de plano de ação a ser elaborado pelos Estados e pelo Distrito Federal, do qual participarão, necessariamente, órgãos com competências nas áreas de educação e de execução penal. 
§ 3o  Os Ministérios da Justiça e da Educação analisarão os planos de ação referidos no § 2o e definirão o apoio financeiro a partir das ações pactuadas com cada ente federativo. 
§ 4o  No âmbito do Ministério da Educação, as demandas deverão ser veiculadas por meio do Plano de Ações Articuladas - PAR de que trata o Decreto no 6.094, de 24 de abril de 2007. 
Art. 9o  O plano de ação a que se refere o § 2o do art. 8o deverá conter:
I - diagnóstico das demandas de educação no âmbito dos estabelecimentos penais;
II - estratégias e metas para sua implementação; e
III - atribuições e responsabilidades de cada órgão do ente federativo que o integrar, especialmente quanto à adequação dos espaços destinados às atividades educacionais nos estabelecimentos penais, à formação e à contratação de professores e de outros profissionais da educação, à produção de material didático e à integração da educação de jovens e adultos à educação profissional e tecnológica. 
Art. 10.  Para a execução do PEESP poderão ser firmados convênios, acordos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres, com órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com consórcios públicos ou com entidades privadas.  
Art. 11.  As despesas do PEESP correrão à conta das dotações orçamentárias anualmente consignadas aos Ministérios da Educação e da Justiça, de acordo com suas respectivas áreas de atuação, observados os limites estipulados pelo Poder Executivo, na forma da legislação orçamentária e financeira, além de fontes de recursos advindas dos Estados e do Distrito Federal. 
Art. 12.  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 24 de novembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República. 

DILMA ROUSSEFFJosé Eduardo CardozoFernando Haddad

Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.11.2011






quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Lei de remição de pena pelo estudo e trabalho


                     
                               


                       Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=umjEmIxGdCA, Acesso: 11 / 01 / 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

          Sobre as Teresas: Relato de uma professora


           Ao chegar em 29/09/2009 na portaria da penitenciária, por volta das 7:34h, após a rotina de identificação com o agente penitenciário, ao dirigir-me ao espaço destinado à escola, entre o portão principal e o segundo portão, havia nesse espaço três teresas - essa foi a segunda recepção do dia!
          As teresas são um instrumento artesanal de fuga, feitas pelas comunidade carcerária. Essas teresas eram feitas de pedaços de roupas e punhos de redes. Elas faziam um tipo de trança e eram amarradas com outras. As teresas que vi, tinham a forma de uma escada, sendo que de um lado era de tranças e o outro de madeira de pedaços de ripas, provavelmente recolhidos dos pavilhões.
         As teresas eram coloridas, tinham de 5 a 6 metros de comprimento, e são usadas pela comunidade carcerária como meio de locomoção do muro de um pavilhão a outro e para tentar fugir da penitenciária.
         É a segunda vez que sou recepcionada pelas teresas, no momento que desloco-me para a escola. No dia de hoje, eu entendi que as teresas, são mais uma das manifestações da cultura prisional, a qual é dinâmica e imprevisível a cada semana.



sábado, 24 de dezembro de 2011

sábado, 10 de dezembro de 2011

Trabalho prisional e Vulnerabilidade Social

        Mais um pesquisa de mestrado foi realizada envolvendo o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá - IAPEN e o Presídio Estadual de Cangaçu-RS (PEC) , desta vez, com o tema TRABALHO PRISIONAL E VULNERABILIDADE SOCIAL: IMPACTOS NA VIDA DOS EGRESSOS DO SISTEMA CARCERÁRIO EM DOIS EXTREMOS DO BRASIL, de autoria de Otávio Luís Siqueira Couto (UCPEL). O trabalho é um contribuição para as reflexões sobre a necessidade de ampliação das ações no campo das políticas sociais e política penitenciária, tendo como estudo da análise o Projeto  Construindo qualificação profissional para (re)inserção e apenados no mercado de trabalho e o Protocolo de Ação Conjunta (PAC), respectivamente, sendo desenvolvidos no IAPEN e PEC.
       A pesquisa encontra-se disponível na integra para leitura e subsidiar outras problemáticas sobre as políticas criminais e penitenciárias no Brasil.



Fonte: COUTO, O. L. S. Trabalho Prisional e Vulnerabilidade Social: Impactos na vida dos egressos do sistema carcerário em dois extremos do Brasil. Dissertação (Mestrado em Política Social). Universidade Católica de Pelotas, Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em: www.ucpel.tche.br/mps/dissertacoes/.../DissertacaoOtávioCouto.pdf, Acesso: 10/12/2011.








sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Poema: Escola é

Escola é 


... o lugar que se faz amigos.


Não se trata só de prédios, salas, quadros,


Programas, horários, conceitos...


Escola é sobretudo, gente

Gente que trabalha, que estuda

Que alegra, se conhece, se estima.

O Diretor é gente,

O coordenador é gente,

O professor é gente,

O aluno é gente,

Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

Na medida em que cada um se comporte

Como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”

Nada de conviver com as pessoas e depois,

Descobrir que não tem amizade a ninguém.


Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

É também criar laços de amizade,

É criar ambiente de camaradagem,

É conviver, é se “amarrar nela”!

Ora é lógico...

Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer,

Fazer amigos, educar-se, ser feliz.

É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.

(Paulo Freire)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Novas pesquisas sobre a oferta da educação nas prisões

             Desde a execução do Projeto Educando para a Liberdade (MJ / MEC, 2005), tem vindo a público cada vez mais, os resultados das pesquisas sobre a oferta da educação nas prisões (Brasil). A temática toca o interesse da população carcerária, profissionais da educação, pesquisadores, acadêmicos e muitos outros grupos de sujeitos da sociedade brasileira, além de organizações, o poder público e judiciário.
            Recentemente, novas pesquisas foram defendidas na Universidade de São Paulo - USP, Universidade São Judas Tades - USJT e Universidade Federal do Paraná  - UFPR, as quais contribuem com o registro da história das escolas nas prisões, problematizando ou historizando a realidade singular desse reduzido grupo de sujeitos que se insere no contextos das discussões da História da Educação de Jovens e Adultos em nosso tempo, dentre os quais, os estudos:

PESQUISADOR(A)
TÍTULO
INSTITUIÇÃO


Dra. Mariângela Graciano
A educação nas prisões: um estudo sobre a participação da sociedade civil, orientador: Dra. Flávia Schilling.


Doutorado em Educação, USP, 2010.

Dra. Martha Joana Tedeschi Gomes
"Intramuros": A certificação em matemática no CEEBJA "Dr. Mário Fraco" - 1982 a 1997, orientadora: Dra. Maria Helena Pupo Silveira.


Doutorado em Educação, UFPR, 2011.


Ms. Edmar Souza
das Neves
A prática da atividade física no sistema prisional brasileiro: Algumas iniciativas da educação penitenciária no início do século XX, orientadora: Dra. Maria Luiza de Jesus Miranda.


Mestrado em Educação Física, USJT, 2011

       
            As pesquisas estão disponíveis na íntegra na internet! :)

FONTE:

GRACIANO, M. A educação nas prisões: um estudo sobre a participação da sociedade civil. Tese (Doutorado em Educação). São Paulo, USP, 2010, 261 f. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28012011-140835/pt-br.php, Acesso: 21 Out. 2011.
GOMES, M. J. T. "Intramuros": A certificação em matemática no CEEBJA "Dr. Mário Fraco" - 1982 a 1997Tese (Doutorado em Educação). Curitiba, UFPR, 2011, 256 f. Disponível em:  http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/25629/marta%20gomes%20UFPR%202011.pdf?sequence=1, Acesso: 21 Out. 2011.
SOUZA. E. S. A prática da atividade física no sistema prisional brasileiro: Algumas iniciativas da educação penitenciária no início do século XX. Dissertação (Mestrado em Educação Física). São Paulo, USJT, 2011, 126 f. Disponível em: http://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/2011/162.pdf, Acesso: 21 Out. 2011.



           




sábado, 15 de outubro de 2011

DIA DOS PROFESSORES


Dedico o vídeo "Educar é construir pontes" a todos os professores, educadores sociais, monitores presos e voluntários que militam na educação penitenciária! 


                                 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A EEES Mário Quitanda


Divulgação da oferta da educação prisional através do Documentário dirigido pelo Prof. Dr. Elionaldo Fernandes Julião (UFF-RJ), com o título Casa de Correção, duração de 16 min e 56 segundos.




Sem dúvida, uma fonte importante no registro da história das escolas nas prisões. Parabéns ao Elionaldo pelo trabalho no mundo da linguagem audio-visual!






quarta-feira, 12 de outubro de 2011

SABER LIBERTADOR: uma escola dentro da penitenciária

Numa penitenciária em Mato Grosso, uma escola ajuda a mudar a vida de 183 presos
Ana Rita Martins (novaescola@atleitor.com.br), de Rondonópolis, MT


DIREITO E CHANCE. Na biblioteca do presídio, a professora Creuza Ribeiro
coordena o período de estudos. Foto: Aelson Ribeiro

À primeira vista, o corredor de entrada da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, é igual ao de qualquer outra prisão. O ar que corta seus ângulos é úmido e abafado. Existem trancas e grades que fecham, em três unidades distintas, 600 homens condenados ou à espera de sentenças da Justiça. O que faz esse corredor ser diferente, porém, não é o aspecto físico. É aonde ele leva: uma escola, bem no centro do presídio.

Durante quatro dias na semana, em dois turnos de três horas, 183 detentos cursam turmas de Alfabetização e Ensino Fundamental e Médio. É o único lugar em que podem circular livremente, sem algemas (privilégio concedido só aos que decidem estudar). Foi na escola que Giovani de Souza Benevides redescobriu as cartas de sua mãe. Em 2004, ao ser preso, as correspondências eram apenas um amontoado de letras mortas, lidas de favor pelos colegas de cela. Hoje, alfabetizado e já na 6ª série, elas ganham contornos mais nítidos com a leitura autônoma. Mudaram também as letras de rap de Emerson Almeida Salomão. Antes, ele só escrevia sobre crime e revolta com o sistema penitenciário. As duas composições feitas em homenagem à escola mostram que há espaço para outros pensamentos. Esse caminho não se esgota ao fim da escolarização básica. Vitor Miguel Valêncio é filho de uma professora da Educação Infantil e já terminou o Ensino Médio, mas nem por isso deixa de frequentar a biblioteca. Está se preparando para o vestibular de Pedagogia.

Essas e outras histórias que têm a Educação como eixo são o resultado do trabalho árduo das dez professoras do presídio. Com curso superior nas áreas específicas das disciplinas que lecionam, elas são contratadas da Secretaria Municipal de Educação e contam com o acompanhamento diário da coordenadora pedagógica Creuza Ribeiro. Formada em Pedagogia, ela foi professora da rede municipal por sete anos e agente penitenciária. "Entrei na prisão pelo salário. Estava acostumada a dar aula para crianças e, de repente, passei a abrir e fechar cadeado. Logo cobicei uma das vagas da escola na penitenciária. É uma experiência única", conta. Além de mergulhar na didática da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ela tem de conceber planos de estudo especiais para os presos temporários e lidar com faltas em decorrência de problemas de saúde, conflitos internos e doenças como a depressão.

"O trabalho aqui só dá certo porque a equipe não vê a Educação prisional como terapia ou benefício. É direito, estipulado pela Lei de Execuções Penais e pela Constituição", afirma Creuza. Apesar da garantia legal, o Ministério da Educação admite que apenas 20% da população carcerária tem acesso a algum tipo de Educação - incluída aí a fornecida por voluntários de organizações não-governamentais e entidades religiosas, sem experiência profissional para fornecer um ensino de qualidade. Definitivamente, não é o que se vê em Rondonópolis. Lá, as aulas são balizadas pelo currículo de EJA do município e planejadas semanalmente durante o horário de trabalho pedagógico. Por meio do ensino, quem sai daquele corredor que leva à escola - dessa vez, rumo à liberdade - pode se relacionar de um modo mais pleno com o mundo e a vida.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/rap-educacao-penitenciaria-521367.shtml, Acesso: 12 de out. de 2010.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Livros: Educação x Prisão

As publicações aos poucos tem surgido sobre a realidade da oferta da educação formal, em nível de ensino fundamental e médio no Sistema Penitenciário Brasileiro. Pesquisadores, militantes da educação e direitos humanos do período de 2007 a 2010, laçaram pode-se se dizer os primeiros livros referente a temática, o que é um marco na historiografia da educação brasileira.






As obras ganham uma significação ímpar na atualidade, já que estamos num momento de visibilidade nacional da oferta da educação nos estabelecimentos penais, seja da educação formal na modalidade Educação de Jovens e Adultos ou da prática da educação não formal em espaços educativos alternativos no interior das prisões no Brasil.

REFERÊNCIA:

CRAIDY, C. M. (Org.). Educação em prisões: direito e desafio. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2010.
ONOFRE, E. M. C. (Org.). Educação escolar entre as grades. São Carlos: Edufscar, 2007.
SILVA, R.; SOUZA NETO, J. C.; MOURA, R. (Org's). Pedagogia Social. São Paulo: Expressão e Arte, 2009.
YAMAMOTO, A.; LAGO, N. B.; GONÇALVES, E.; GRACIANO, M.; ASSUMPÇÃO, R. (Org’s). Educação em Prisões. São Paulo: Cereja/Alfasol, 2010.
VASQUEZ, E. L. Sociedade Cativa. Entre Cultura Escolar e Cultura Prisional: Uma incursão pela ciência penitenciária. Rio de Janeiro: CBJE, 2010.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Divulgação: Curso de Especialização Gestão e Docência na Educação Prisional

A Faculdade de Tecnologia de Macapá - FTA, promoverá o Curso de Especialização em Gestão e Docência na Educação Prisional a partir de novembro de 2011, fundamentando-se na Resolução CNE n. 2 de 19 de maio de 2010 e Resolução CNPCP n. 03 de 11 de março de 2009, as quais dispõem sobre as Diretrizes nacionais para Educação para Jovens e Adultos em Situação de Privação de Liberdade nos Estabelecimentos Penais, e, Diretrizes nacionais para a oferta de Educação nos Estabelecimentos Penais.

Público-Alvo: Gestores, professores, agentes penitenciários, educadores sociais penitenciários, policiais, militantes de direitos humanos, acadêmicos e profissionais interessados no referido curso de pós-graduação lato sensu. Os interessados deverão ter diplomação em nível superior em licenciatura ou bacharelado nas áreas de Pedagogia, Ciências Sociais, Direito, Administração, Letras, Educação Física, História, Matemática, Geografia, Biologia, Física e outras áreas afins.

Inscrições on-line:   www.consquisteseufuturo.com.br

Taxa de inscrição: R$ 50,00 (Cincoenta reais)

Investimento: R$ 200,00 (18 parcelas).

Matriz Curricular:

Fundamentos Epistemológicos e Históricos
25 h Fundamentos da ciência penitenciária e educação penitenciária
25 h Fundamentos de pedagogia social
25 h Fundamentos de direitos humanos e direitos sociais
25 h Fundamentos de empreendedorismo e responsabilidade social
Prática Docente com ênfase na Pedagogia Social
25 h Aspectos históricos do sistema penitenciário e educação penitenciária no Amapá
25 h Legislações sobre a oferta da educação às pessoas presas
25 h Prática docente no contexto da educação penitenciária
25 h Metodologia de ensino para educação penitenciária
Gestão Escolar, Responsabilidade Social e Empreendedorismo
25 h Recursos humanos, mediação de conflitos e segurança no ambiente prisional
25 h Estatística aplicada à educação penitenciária
25 h Projetos sociais, profissionalizantes e culturais
25 h Captação de recursos para projetos e empreendimentos
Produção de Monografia com foco na Educação Penitenciária
60 h Trabalho de conclusão de curso: Da orientação à defesa
Total 360 horas-aula


Mais informações:
End. Av. General Rondon, 209, Bairro: Laguinho, CEP: 68.908-080, Macapá-AP
E-mail: herligenasaraujo@facauldadeapoena.com.br
Telefone: (96).3224.3300

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

I CONFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL DE RORAIMA


Aconteceu nos dias 18 e 19 de agosto de 2011, a I Conferência de Educação no Sistema Prisional de Roraima, com objetivo de discussão e elaboração de propostas para a produção do Plano Estadual de Educação do Sistema Prisional de Roraima, organizada pela equipe técnica da Divisão de Educação de Jovens e Adultos / Secretaria de Educação, Cultura e Desportos - DIEJA/SECD-RR.




Durante o evento realizaram-se sobre os temas (A importância da escola pública no desenvolvimento de projetos preventivos - Dra. Lenir Rodrigues Luitgards Moura - SECD-RR, Políticas Públicas para Educação Prisional no Brasil: Debates e ações para construção de planos estaduais -  Msc. Eliane Leal Vasquez -  PUC/SP e Msc. Edmar Souza das Neves - USJT/SP, Os desafios do gestor educacional de educação de jovens e adultos no sistema prisional do Estado de Roraima - Msc. Edna Rodrigues de Moura - UTAD/Portugal e História da educação no Sistema Prisional de Roraima, Jackson Ferreira Oliveira - UPAP/Paraguai; grupos discussão (GD1. Direitos humanos, educação e cidadania, GD2. Prisonização do servidor penitenciário e das pessoas presas no contexto da educação penitenciária, GD3. Educação penitenciária: refém da segurança nas prisões ou da educação de jovens e adultos, GD4. O papel das instituições sociais para a educação penitenciária); relatos de experiência (Educar para ressocializar - Francisco de Sousa Silva - EEAFS/PAMC, Programa Mulheres Mil da IFRR - Sinome Pires Lopes - CPF/Anexo I da PAMC; plenária final e outras atividades.   




Partindo dos resultados parciais, a equipe técnica da DIEJA/SECD-RR e consultores iniciarão a etapa de sistematização do Plano Estadual de Educação do Sistema Prisional de Roraima, o qual está previsto a sua conclusão até o final deste ano. É importante ressaltar que a elaboração do referido documento terá como base, a coleta de dados realizada por meio de entrevistas, registros fotográficos, propostas elaboradas e aprovadas na plenária final da conferência, além da análise de documentos relacionados com a temática em nível nacional e local.

Maiores informações: DIEJA / SECD-RR
Crédito das fotos: Registro oficial pela DIEJA / SECD-RR, 18 a 19 de agosto de 2011.
Local do evento: Auditório da Escola Estadual Barão de Parima.